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Círculo de Lua

Jornada terapêutica e grupo de estudos das ciclicidades - corpos e astrologia.

Para pessoas que vivenciam o ciclo menstrual e mulheres que não vivenciam o ciclo menstrual (cis, trans).

 

O círculo compreende 5 encontros coletivos (opcionais) + 4 atendimentos individuais a serem combinados. Todos por videochamada. 

Sobre os atendimentos:

- Acompanharemos o passo da Lua - interna e externa - e serão trazidos, conforme o interesse de cada participante, saberes astrológicos a partir de sua carta natal.

- Estudaremos algumas plantas relacionadas às fases da Lua, e serão ensinados seus usos em banhos, escalda-pés e vaporizações.

- Conversaremos sobre práticas de ginecologia autônoma, movimentos cíclicos, autopercepção e cuidados.

- Quem menstrua poderá preparar uma medicina  energética com sangue menstrual baseada no princípio da similitude de Hipócrates. 

 

O acompanhamento é feito por Faetusa Tirzah, artista, oraculista, astróloga formada pela Saturnália, terapeuta em ginecologia natural e autônoma e homeopatia tradicional hahnemanniana.

 

Os círculos acontecem desde 2017. 

 

Depoimentos

 

Bia Figueiredo

Artista

 

Sangrar, descobrir-se e potencializar-se.

Sangue que aflora os poros.

Estar a flor da pele.

A homeopatia me abriu um vasto universo interior, habitar-me foi preciso. Intuição.

Sinto que fui elaborando a constelação de sensações aguçadas pela medicina muito através dos sonhos. Alguns relatei aqui e alguns desses relatos, mais tarde vieram a fazer parte também de uma performance que fiz com um amigo em Maio deste ano.

A relação com tomar o próprio sangue foi algo latente em mim. Por quantos e tantos corpos, tempos e gerações esse líquido já não se fez, refez, se renovou até chegar em mim...

Um rio no tempo.

Saudar essa ancestralidade através desse processo.

Escorrer no aqui e agora e o futuro cachoeira viva em mim.

Eu participei de grupos anteriores da homeopatia de lua. Encerrei já faz um tempo e estou vindo aqui só agora para compartilhar um pouco como foi. Partilhar é algo importante.

Gracias gracias, Fae! Pela generosidade. :)

Sabe que a conexão com os sonhos continua e acho que só vai, vai amadurecendo. 

Uma beija em cada uma e bons processos para quem chega.

 

 

 

Marie Close

Alquimista na Dança e Arte Ritual

Os meses de integraçao da Medicina da Lua foi muito magico. Faetusa me deu chaves incrível a traves das suas lecturas astrológicas. Sua poesia diaria me inspirou muito pra ancorrar o presente. A Medicina, até hoje, infusa o meu Ser com profundidade. A primeira vez que utilizei a homeopatia, senti uma connexao profunda com meu corpo, como si a homeopatia iba tocar meus celulas, trocar meu ADN. Sou dançarinha então tenho uma connexao de muita consciencia com o meu corpo fisico, e alli chegei em outra dimensão que nunca avia conhecido com outros recursos! Foi emocionante tb ver como minha sague mexia minhas creencias e minha fisicalidade. Isso foi possivel grata a toda a tecnologia que Fae oferece dentro do circulo das Mulheres. A mim, me transformou ! E desejo essa experiencia pra todas as Mulheres! Gratidão Faetus Bruxa poeta por nos permitir de asumir nossas Magas com autenticidade!

 

Michelle Moura

Artista

Foram muitas as experiências durante a Homeopatia da Lua, uma marcante foi ter experienciado um “despertar” do útero. Me conectei com a vida deste órgão de forma energética e física. Também me senti mais enraizada, uma conexão forte dos meus pés com a terra.

A homeopatia em combinação com a leitura astrológica serviu como guia para meu trabalho pessoal. Aprofundei questões psicológicas, expandi minha compreensão sobre doença e cura física e  reencontrei equilíbrio emocional diversas vezes. Principalmente aprendi a olhar para meus estados psicológicos e emocionais com respeito por sua singularidade. Ganhei mais liberdade pra viver o que sinto, reconhecer o que percebo, sem medos e julgamentos. A Faetusa é uma grande terapeuta e guardiã de todo o processo.

As experiências foram muito íntimas e singulares, é difícil colocar em palavras a profundidade do que vivi, que passou por maior presença de sonhos, insights, consciência corporal, maior sensibilidade aos meus ciclos, fluxos e novas percepções do meu corpo e mente.

Raquel Ire Okan

Parteira na tradição, astróloga, terapeuta holística, artista

Há dias venho pensando em como começar esse registro. Nesse ano tão cheio de intensidades e transformações, a Faetusa tem um lugar de destaque na minha história. Eu pedi para estar pertinho, desejei aprender com essa sábia bruxa.

 

Os caminhos foram se abrindo. Mulher-aranha me ofereceu a medicina de tecer. Remédio pra Alma, expandiu minha consciência e me trouxe muitas curas.

 

Entre as partilhas das entranhas, com tantas revoluções internas, mais uma vez, Faetusa estendeu a mão e ofereceu de seu caldeirão sagrado a poderosa Homeopatia da Lua.

 

Subindo montanha de mim, firme no propósito do Retorno de Saturno, permiti que toda velha estrutura que não me servisse mais caísse! Eu ruí. Vivi dias de desalinho com uma contratura nas costas, entre os quais fizemos o preparo da homeopatia. Tudo começa e termina no chão, dizem. Eu já não podia me segurar, fui para o chão e recebi o convite de me reestruturar. 

 

Em queda, abri portal para me conectar comigo. Gota por gota, pude me beber e me despertar, nova, revigorada. Me banhei de lama invocando a ancestralidade e sabedoria. Acessei o antigo em mim, me senti feiticeira de outros tempos. Reconheci meus encantos, encantada no meu próprio enredo.

 

Meu Destino se faz muito pelos termos da Vênus, que se veste de Escorpião, e eu mergulhei com dedicação e perseverança nesses mistérios. Beber-me, desfrutar da medicina que Sou, me regou de prazer. A homeopatia despertou uma potência adormecida e abafada. A mulher selvagem colocou lenha na fogueira e se embebedou de coragem para descobrir e assumir o brilho próprio. 

 

Irradiante conexão, fui me dançando. Na véspera de aniversariar, buquê de noiva peguei e renovei votos comigo mesma! Sentimento genuíno de me sentir casando com a integridade que Sou.

 

Encontrei parceria e sigo me permitindo às alquimia do Amor e da Paixão, sob a tutela da aventureira Vênus em Sagitário que me abençoou nesse aniversário.

 

Dos encontros, me conectei com Biró, parteira tradicional do agreste pernambucano. Participamos de um evento, no qual eu estava a disposição para ajudá-la como precisasse. De braços dados pra ajudar a andar, ela me cochichou muitos segredos e repetiu muitas vezes de que a vida é pra gozar e que eu sempre me lembrasse disso. Até parecia que ela sentia tudo que reverberava dentro de mim. Nós nos reconhecemos uma na outra. Ela me deu um de seus brincos de lembrança. Em troca, do que eu tinha de melhor para ela, foi um óleo batizado com a tintura mãe da homeopatia. Senti muita satisfação de compartilhar um pouco de mim com ela.

 

Já no último ciclo, estava nua pra mim mesma. Crua, fera e selvagem. Livre pra Ser. E assim sinto o poder da medicina: libertadora e curadora.

 

O conjuro, que tem a ver com a relação com meu pai, durante o processo, me permitiu integrá-lo a mim. Nesses dias, de festas de fim de ano, junto à família, me deparo com o desafio da convivência. Me beber também foi beber dele e ando um tanto impaciente com os espelhos, mas temperando a cólera com a oportunidade de mergulhar mais profundo no mistérios da minha própria Alma.

 

Que potente, Faetusa! Deusa abençoe o seu caminho e seu coração e que a Mãe Terra siga te guiando na jornada como curandeira! Agradecida, agradecida, agradecida.

 

 

 

Drica Possan

Terapeuta da mulher, doula na tradição e fotógrafa

 

 

 

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[Um] 
Homeopatia da Lua:: do compartilhar 
Há algumas semanas uma frase me batuta: e se sangrar- menstruar-lunar, for assunto popular?

E se em lugar de um sangue-sujo fosse o nosso sangue-medicina? 
Nos próximos dias vou compartilhar aqui com vocês como foi ter feito e tomado a Homeopatia da Lua, sob a condução de uma mulher muito da ponta firme.

Seguimos!
Que o único sangue derramado sobre a terra seja em gesto de vida. 

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[Dois] 
Homeopatia da Lua :: da coleta 
fiz a coleta em junho/18. escolhi o pino do meio dia. resolvi fotografar e uma imagem lua-feto-placenta-yin-yang-escuro-claro-fraco-forte compareceu no fundo do pote. imagem oracular, posso dizer. essa que compartilho aqui. 
en-Terrei com cachaça pra virar tintura-Mãe: dois meses de buraco-chão-caverna. Terra e tempo de apuramento, de ajudar e tornar algo em. 
nestes gestos da lida com o sangue-remédio, me fluí poética:

o celular é a lua⠀
antena dos corpos brilhantes de terra⠀
selvagem camaleoa, aberta de águas⠀

destas oportunidades que todas nós deveríamos acessar para nos sanar - olhando para o fundo da nossa terra – podemos descobrir força e coragem diante de abalos sísmicos que assustam. descobrimos frestas reluzentes diante de aspectos calcificados da alma. recordamos um poder sentido, latente em todas nós, precisando ser encontrado. 
O que teu sangue que te conta? “O corpo que produz medicina: a lua e cuidado de si”, foi uma proposta trazida pela Faetusa Tirzah, artista, taróloga, astróloga, terapeuta floral e todas as demais e não menos importantes qualidades-etecéras que incluem nosso Ser-mulher.

[Três] 
Homeopatia da Lua :: do estudo 
Confiar na Sabedoria do Corpo, observar, estudar-se é chave para desconstrução de crenças sobre como lidar com doenças, sobretudo a partir do ciclo menstrual e tirá-lo do contexto de TABU e enorme preconceito. E isso só pode ser tarefa nossa mulheres. 
O nosso ciclo está plenamente conectado aos movimentos lunares e por sua vez, aos movimentos deste imenso planeta. “O que está no céu nos conta sobre o que está na Terra”. A partir da leitura do posicionamento da lua e de sua relação com outros planetas se deu a compreensão das forças presentes na medicina – no sangue menstrual de meu corpo, as informações do mapa natal da medicina foram cruzadas e fundamentadas com informações do mapa de nascimento. 
Aprendi que do ponto de vista astrológico é precioso sabermos sobre a lua em que recebemos nosso sangue, pois nos ajuda a entender o tipo de remédio que estamos singularmente produzindo em cada ciclo e que temos ao alcance de nossos corpos. Todo mês. E isso gera muita potência de vida.
O que teu sangue tem te contado? 

[Quatro] 
Homeopatia da Lua :: do preparo e leitura 
Após dois meses da tintura-Mãe colhendo as leituras do-mundo-de-baixo-da-Terra e já “benzida pela estrela das ordens da natureza”, Fae nos chamou para um encontro presencial coletivo e nos ensinou a transformar o conteúdo medicinal em homeopatia. 
Cada uma anotou à mão a leitura astral da tintura do sangue menstrual. Diluímos e dinamizamos o preparo. Diluímos e dinamizamos junto a palavra. Nos misturamos coletivamente, abrimos frestas-fêmeas, vozes-e-úteros. Potencializamos. CONJURAMOS a medicina junto ao fogo sagrado da transmutação. 
E esse aprendizado foi muito, muito precioso. Palavra é verbo, é criação, é medicina. É estado de poesia, encantamento e ação. Ação de mover o mundo e tornar os gestos amor. Amor em gratidão. “Lua de força e coragem. Coragem para atravessar o que for (....). A filha da filha da filha... Se perceber filha bem pequena é a fortuna, é encontrar o centro. Um centro lá do fundo da TERRA.” Continua... ° É fácil.

[Cinco] 
Homeopatia da Lua :: percepções 
aos 30, tomei meu sangue lunar. e foi como recobrar memórias-fêmeas. sentir o pulsar de várias mulheres ao caminhar publicamente e perceber o estado de ser fêmea. acessar camadas antigas, não retas, não frágeis, não indolores de abusos. 
tomei a homeopatia por um mês e meio. fui fluvial. me abri ao retorno do sangue diluindo meus padrões e meus medos de me escutar. meu medo de enlouquecer de mim. ali, fui trabalhadora da alma.

do fundo da Terra se cobrem de raízes, 
paz e fogo
a loucura está em casa 
a estrela a benzeu

palavras calcificadas deixarão de existir aos pés da lua 
para que os fluxos adentrem a antena

suas cordilheiras vermelhas 
são o entendimento da secura
o puro pão da verdade 

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[Seis] 
Homeopatia da Lua :: fluxo

era pra durar três meses, mas interrompi o tratamento porque mudei. de casa, de estado civil, de rotinas. muita coisa pra dar conta. e se dar conta. retomei o tratamento mês e pouco depois. 
e desta vez o ponto cardeal foi encontrar “espaços para criar em meio às tradições. espaços para criar o novo. fogo novo que se expande em busca de conhecimento. fogo coletivo”. a voz dizendo ser oceânica minha intenção. a minha voz-intuição dizendo: poder desconhecido, mas sentido - abundante potência é a criação. 
após vinte e um dias, novamente interrompi o tratamento. porque mudei. oceânicos passos. abriu-se em minha casa-ventre espaço para um broto novo de vida. 
imagem lua-feto-universo-placenta- yin-yang. fogo novo. sopro coletivo em ventres vaporizantes. fundo da terra. aguado peito que se abre pra per-Missão de ser mãe. 
ps: o trabalho segue. nunca para. sigo na companhia das medicinas do corpo e da terra como aliadas para as travessias. sou grata.

Margot Leitão

Artista

Tempo de Espera...

 

Um corpo, uma alma, um espírito e um eu que não se sustenta mais em mil faces e nem em mil versões de como posso ser eu, mas que se constrói na liberdade de apenas viver, de viver a dor e a delícia de ser o que é.

 

Vídeoperformance: Margot leitão

Ailén Scandurra

Performer, taróloga, dançante entre palavras y cantos

Natália Guindani

artista e antropóloga

 

A experiência com a homeopatia da lua, facilitada pela Faetusa me levou a um reencontro comigo mesma pelas nuances mais sutis. Desde a leitura do mapa, que é um momento incrível de atenção cuidadosa e investigação pelo qual a Faetusa nos conduz, junto do processo de feitura, coleta, e as fases de absorção da homeopatia, há um jeito muito presente e ao mesmo tempo muito aberto que nos acompanha nesse mergulho. Cada mulher segue como pode e deseja nessa roda, e ter me permitido isso, sentir como queria e conseguia participar e partilhar, enquanto tomava a homeopatia foi algo muito precioso nessa experiência. Voltar a me perceber e a escutar o que cada momento pede. Esse foi um resgate, me ouvir melhor. Lembrar da força dos conjuros, de cada palavra, do ato de honrar o próprio corpo e sangue - de um jeito íntimo, discreto e enraizador. Abrir caminho para tecer além do corpo, junto das que vieram antes, reconhecendo meu ritmo e minhas pegadas.

Marcela Reichelt

Bailarina, doula e terapeuta

Hoje me preparando pra colocar em escrita o meu testemunho com a medicina da Lua, voltei  e lembrei lá do ínício de quem eu era, como me sentia, e meus ritmos...foi bonito rever. É engraçado porque foi apenas a 8 mêses atrás, e ao mesmo tempo tanto desenrolou em mim, ressonou e dei tantos voos, que vim pra muito longe de onde eu estava. Hoje, olho imensamente agradecida, por ter seguido um convite de uma amiga querida, Michelle Moura, que me contava dos processos dela, que me deram vontade de conhecer a medicina da Lua feita do meu próprio sangue. E de ter confiado que eu poderia voar com os meus propósitos e conjuros, na

companhia mais que especial e carinhosa de Faetusa.

 

No dia 02 de fevereiro de 2020, dia de Iemanjá mãe das águas e guardião dos úteros, iniciou-se o 7° círculo da medicina da Lua, e eu estava lá. Naquele dia senti que algo maior começara, mas não poderia medir em palavras ou no tempo e espaço em mim, somente lembro de vibrar no corpo esse início, entre outras mulheres que apareciam e iam se apresentando.

Isso tudo online. Fui entendendo que éramos muitas, cada uma no seu caminho e ritmo. A cada troca, dor e conquistas compartilhadas, dava corpo á essa teia tecida á muitas mãos. Foram curas pra além dos nossos úteros, o que fez e faz dessa cura em rede algo pra além de especial. Me vi entregue num lugar acolhedor, sem exageros ou falsas messias, simplesmente seguro, leve e transforma-dor.

 

Achei incrível que eu vinha sentindo algumas necessidades de mudanças, que eu até sabia que precisavam fluir, mas não sabia como. Quando o mapa astral da minha medicina me foi lido, foi como se eu pudesse a partir daquele momento dar cor ou palavras pra aquelas necessidades, como se pudesse então saber construir rumo. O mapa havia posto luz em pontos que eu não enxergava, ou eram ofuscos antes. Fez sentido toda a conversa e sinalização desses pontos soltos, agora clareados. E foi bonito ver que

tudo aquilo era eu, e comecei achar bonito e vibrantes os meus dias.

Minha sorte, pra minha grande felicidade esse momento coincidiu com a entrada da epidemia de Corona por todos os lugares. Eu tenho certeza que a minha medicina junto ao círculo, me foram o maior chão que eu poderia imaginar e precisar nesse momento de quebrança da normalidade e expectativas. Me vi consciente e tranquila pra lidar com tudo ao redor, porque o meu interior vibrava e se expandia. Vi sonhos e os trouxe pra conversar. Aceitei passos e passei por desafios com medo, mas sem nenhuma desistência. Me vi subindo em espiral de um jeito muito corajoso, embalada por músicas, dancas, ervas, óleos, poesias, cartas e

céus.

 

Só sei dizer de modo simplificado que ter me conectado assim com meu sangue e útero, no alto dos meus quarenta, após ter parido filhos, que é um grande trabalho de retomada da minha força feminina, da minha integridade e possibilidade ilimitada de expansao, de algo que foi roubado, sujado, há muito tempo, antes mesmo da minha existência, mas que eu sinto as memórias. 

 

Jaqueline Romero Sessa

Professora de yoga

 

Sou a Jaque, 34 primaveras, sol em Capricórnio, ascendente em Touro e lua em Virgem.

Participei do último ciclo da medicida da lua e com certeza foi o trabalho chave que efetivamente me abriu para uma nova compreensão sobre os meus poderes e intuições.

Fiz tb atendimentos de Biosaude com a linda Lohanny dentro do círculo e ali me apareceu algo q eu ja sabia por outras fontes.  Que meu nivel de fertilidade estava baixo.... 

Minha busca para o desenvolvimento pessoal já ha algum tempo me levava para a compreensão das questões relacionadas ao meu útero e órgãos femininos juntos com minha ancestralidade.

Enfim, fiz um conjuro na minha homeopatia muito puro, de coração aberto para que aquela medicina me trouxesse o que fosse necessário para minha e expansão como ser.

E no meio pro fim do tratamento vem a surpresa da minha gestação.

Estou grávida de um menino e passando pelo incrível e desafiador túnel que ira me levar para o meu ser materno.

Gratidão Faetusa Tirzah⁩ e tb Ailén⁩ pela nutrição deste grupo!!!!

Salve todas as mulheres!!!

Bela Parada

Fotógrafa, astróloga, criadora da @casacinco

 

Jéssica Quadros

Artista e produtora

 

sangue e voz°

fragmentos da experiência com a medicina da lua em 3 ciclos que ocorreram entre maio e outubro de 2020

caminhando pra frente e olhando pra dentro, fui convocada : pelo meu céu : e : pelo céu da medicina : a movimentar sombras, a dançar na luz das estrelas, a mergulhar nas significâncias da expressão do meu espírito. processo de aprofundamento >gota-a-gota< proporcionado pela homeopatia da lua. trabalho feito a partir do sangue menstrual conduzido com maestria por Faetusa Tirzah.

 

• quando eu cheguei no mundo a lua tava cheia

encarando o sol

no alto do meu céu

estrela algol

faço do meu olhar proteção

lua que é mulher é mãe

encharcada de emoções se banha em afeto e se nutre na espiritualidade

aqui você vê. aqui eu mostro

o mercúrio mudo que diz tudo

você tá me ouvindo no que não digo?

um marte que testemunha meu destino

atravessa a densa floresta da ancestralidade com coragem

faca afiada facão na mão

o leão que ascende traz a força pelo amor

pode olhar

essa vênus é cheia de segredos

acalma marte e mostra a direção

mas tem suas formalidades

interessa ler a alma com o corpo

ela tá buscando... encontrou?

(substância de felicidade)

ori na guiança

acalma o vigor com encantos e sutilezas

é vital a expressão da sexualidade

como der

como puder

maneja com delicadeza a emoção que te toma

num exercício de contenção diária

diz também com as mãos

a medicina sussurra:

olha para hoje

você tem medo do presente?

revolução solar gira nos relacionamentos

o que te contam da matéria dos sonhos da proeza do encanto e da largura do prazer?

como ferem e curam e como você fere e como você cura?

descobre

a nascente da voz

percorre

além dos limites da voz

vai pela alma que é a memória coletiva do clã

e toma o que é seu

dá voz

a essa fecunda palavra silenciosa

...

mais uma morte

e vocação para renascer

é medicina do corpo

sutil e poderosa •

Cali Ossani

Mulher trans, artista e professora de Kundalini Yoga

 

O que dentro ainda está fora? O que fora ainda está dentro? Que feminino é esse? Ele cresce de fora ou vem de dentro? Aonde está escondido este feminino que buscamos tanto? Por que buscar se já está aqui? Nos foi roubado? Nos foi tirado? Por que tantas voltas pra encontrar a simples manifestação, delicada e absoluta do seu ser? 

Quero conforto, morar na própria pele com a certeza de que sim, eu encontrei minha morada e habito sem medo a mulher que sou. Mutante, mutável, híbrida, sereia de chifres, habitante de dois mundos. Pude renascer, mas antes tive que me matar. Encarar nos olhos a morte e planejar meu próprio enterro. Matei o corpo de um homem, lambi seu sangue como Kali e no meu ventre cósmico, lugar onde gero e anuncio vidas, eu mesma fui gestada e eu mesma me pari, Cali Ossani tem 4 anos e a cada dia se reconhece mais, precisou ser forte, muralha de rosas, mas aos poucos desabrocha e entrega pra terra suas armas, desfaz de seus espinhos, aprende a se curar e quem sabe nesse rito, possa curar outras. 

Agora, são 5 gotas de uma medicina que veio do sangue de uma irmã, onde tomo na casa de minha mãe, onde o calor me faz querer andar nua pela casa e percorrer minha pele todos os dias, estou na cidade onde nasci e aqui reintegro passado com o presente, a criança com a adulta, a filha com a mãe. São 5 gotas firmadas na força da Deusa Vila, deusa das mutações que dança neste círculo renovando as formas velhas, padrões velhos, ideias desgastadas que não nos permitem olhar para o novo.

é um sopro, o sopro da mudança que vem em cada gota desce pelo corpo e nos faz reconhecer o próprio gosto e rosto. 

 

Gabriela Leirias

Artista, curadora, educadora

Sou cíclica
hoje percebo isto como potência, não como falta,
como libertação, não como prisão, frustração por não se adaptar a um modo linear de ser
no mundo
permitir-se esquecer, para recomeçar, dar a volta inteira
se perder
sentir o retorno e o reencontro.
no fundo há uma ilusão, pois talvez não tenha perda:
perder-se de si, é de fato possível?
o corpo está sempre falando… seria o reencontro uma pausa para a escuta?
e quando há gritos, muitas vozes em som alto, o que priorizar ouvir?
vivenciar a medicina da lua é acolher o corpo selvagem, a ancestralidade e a conexão com o próprio corpo e com os instrumentos mágicos do nosso e de outros tempos.
conexão em sonhos e tele-táticas entre as mulheres, com ou sem útero
mulheres que querem ouvir (-se)

 

Beatriz Bittencourt

 

Um perfume para a pele da alma

 

Uma mulher diante de um portal fechado por trepadeiras, mantem-se vital, segurando  em sua mão direita o facão, aquele que a protegera nas passagens de si mesmo e  se mantém em frente ao peito quando eu mulher nasce e renasce. Diante dos muros e espinhos das trepadeiras, sabe que precisará de sabedoria para utilizar suas ferramentas marciais. Escolhe por um momento abrir a sacola de talismãs que lhe foi entregue pelas suas ancestrais. Então veste sua extensa camada de pele; integra, impermeável e seca camada protetora, mantendo-se  úmida e dócil na camada interna sentida de amar as próprias plantas protetoras que e o seu jardim e as frutas silvestres. Seus longos cabelos que cobrem suas vertebras de gorduras magras recebem presilhas de graça e beleza e cuidará para que não se enrosque. Olhou o fogo que há cercava, já estava aflita.

Abre o oraculo, que lhe diz: conjure, liquefaça, conduza como se seu sangue fosse as artérias dessa floresta de mata nativa, siga... os caminhos a mar e oferte seus presentes. VÁ. O seu cuidado a faz circular entre a vegetação, ainda que precisasse atravessar as densidades com o fio do seu facão, soube dançar e também inevitavelmente se machucou. Chegando a base do rochedo, onde sua mãe lhe esperava, banhou-se e tirou alguma casca apodrecida que pela pressa das coisas e afim de proteger-se  ficaram presas entre suas camadas. Imersa em longo banho, escutando o canto de sua mãe, o canto feito a ela, lavou sua pele e regenerou-se. Não poderia esquecer os presentes que havia carregado, em meio ao caminho havia encontrado flores, e junto de algum item de sua sacola, alquimizou um perfume, e entregou em um canto as palavras que surgiam em devoção a alma feminina.

 

A Medicina de Lua, foi um presente que dei a mim no aniversário de vinte quatro anos, quando com júpiter iniciaria o parto de mim mesma. Entre intensidades y sutilezas, entre leveza y densidade, pude presentear-me com meu próprio perfume.  Alguns momentos de bastante aflição, levaram-me a sabedoria de si, a estar mais junto de si. Em encontro cotidiano com a alma, entre a vida prática de uma mulher mãe de dois, pude diluir e potencializar a poesia devocional, de estar a serviço das sabedorias e práticas ancestrais femininas. Alquimizando-me e sendo a sacerdotisa dos dias, abraçando o colo da grande mãe do mar, e fazendo do que me foi cortado a vida criativa, assim como Sedina. Fazer poesia cotidiana, em meio a sobrecargas de como as estruturas se comportam, é também impedir que elas nos desautorizem também a beleza. 

A água, salga a boca e me bendiz. Amar-se como água. Amar-se como terra. Amar-se como planta.

Aqui serei(a) bela, como Vênus. Vênus, eu lhe amo y te abraço nua. Harmonizo minha vida e minhas relações, transformando em beleza as práticas cotidianas e as tornando fecundas para os frutos do trabalho que serão entregues ao outro e a mim retornarão em abundância. 

 

Lilian Cordeiro

Professora da URFRJ e oraculista

Círculo de medicina da Lua

.

borda

centro

Água

.

Lua,

Bordadeira, tecelã,

Nova, crescente, cheia, minguante

.

Sangue

À conta-gotas,

Pequenas percepções.

Chaves

Grandes portas.

Corpo-oráculo:

Sentir-se,

Tomar-se,

Beber-se

 

Círculos 9,11, 12,13...

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